ataques no Centro

'Eu disse que não e ele me deu um tiro', conta sobrevivente sobre o ataque que sofreu do bandido que matou pai e filho

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário Arquivo)
Depois de atacar Marcelo Fracari, o bandido foi ao apartamento da família. No sábado pela manhã, policiais coletavam provas no local (foto)

Internado em observação no Hospital de Caridade de Santa Maria, o estudante Marcelo Tavares Fracari, 37 anos, recupera-se dos momentos de pânico que passou na madrugada de sábado, no Centro de Santa Maria. Ele foi baleado por Diego Fontoura, 29 anos, que assassinou pai e filho dentro do apartamento da família horas depois de atacar Fracari. Fontoura morreu na madrugada de domingo no Husm de uma possível overdose.

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Do quarto 524 do hospital, ele relatou os detalhes do crime que chocou Santa Maria no final de semana. Ele diz que chegou, por volta das 5h, em frente à lancheria Pingo de Fome, localizada na Rua Floriano Peixoto.

- Estacionei o carro ali na frente, fiz o pedido do meu lanche no balcão e retornei para o lado de fora. Encontrei um amigo meu ali na frente e ficamos conversando. Eu estava escorado no carro quando esse homem chegou. Ele parecia muito alterado, bem agitado, estava todo vestido de preto, com uma espécie de um colete. Me questionou de quem era o carro que eu estava escorado. Disse que era meu e ele me disse para abri-lo e dar uma carona a ele, pois estava fugindo dos "homens", da polícia. Eu disse que não e ele sacou a pistola e me deu um tiro - relata.

Depois de ser baleado, Marcelo correu para dentro do estabelecimento. Segundo ele, Diego ainda teria disparado uma segunda vez:

- Ele estava de frente para mim. Quando ele atirou, eu virei e saí correndo para dentro do bar. Quem estava ali dentro começou a gritar e se atirar no chão. Ouvi mais um tiro, mas não sei se ele atirou em direção a mim ou para cima. Em nenhum momento eu reagi. Como eu não havia avistado arma nenhuma, não imaginei que ele fosse ter uma reação daquelas, pois normalmente os assaltantes mostram a arma primeiro para depois fazer ameaças.

Marcelo só ficou sabendo da dimensão dos fatos e dos crimes após algumas horas, por meio de mensagens que circulavam nas redes sociais sobre as mortes de Gilberto Mendes, 61 anos, e seu filho, Gabriel, 16 anos.

- Eu fiquei aliviado que comigo não tenha acontecido nada de pior, pois ele atirou para matar mesmo. Estou triste por ele ter tirado a vida de outras pessoas inocentes que acabaram morrendo por um motivo fútil. Eu tive muita sorte de não ter sido atingido de forma fatal - diz.

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